As origens do radicalismo
“Aos sete anos, fui condenado à morte por um crime que eu desconhecia. [...] Numa noite de janeiro de 1944, fui acordado por homens armados, acompanhados por soldados alemães de sentinela no corredor. [...]
Minha família já havia desaparecido; meu pai na guerra, minha mãe, ao me deixar numa instituição na véspera de sua prisão. Desaparecida, ela também. [...] Sozinho, numa multidão de desconhecidos, presos como eu na sinagoga de Bordeaux transformada em prisão, cercada por arames farpados e soldados que nos ameaçavam com seus fuzis.”
Nascido em uma família judia, Boris Cyrulnik perdeu os pais de forma precoce e violenta. Aos sete anos, escondendo-se sob o corpo de uma mulher moribunda, escapou do extermínio nazista. A experiência de ser condenado à morte pelo crime de existir foi definidora e, desde então, o hoje psiquiatra especialista em primeira infância tenta entender como tal ideologia pôde prosperar.
Uma obra profunda e emocionante sobre o eterno perigo da intolerância, do ódio e da radicalização. Um livro fundador e necessário como nunca.
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