Qual teria sido, na realidade a participação dos alemães na formação do Rio Grande do Sul? Este extraordinário romance nos dá o primeiro painel de uma conturbada época rio-grandense, sempre às voltas com o entrecortar de espadas e de lanças na demarcação das fronteiras nacionais.
São imigrantes alemães vivendo as suas misérias e desencantos, suas conquistas, seus momentos de ternura e saudade, seu trabalho de sol a sol, suas desavenças, rancores e ódios. É o desespero de quem se vê de uma hora para outra, jogado em terras distantes. Castelhanos e índios, caudilhos e politiqueiros, soldados e prostitutas, formando o grande pano de fundo da vida dos que chegaram ao Brasil atraídos por promessas e garantias fugazes. O tempo passou com sofrimento, privações, trabalho e luta. Os imigrantes de ontem, hoje estão incorporados na nacionalidade, mesclando raças e claramente influentes no processo de desenvolvimento nacional, na política, nas artes, nos esportes, etc... Tudo isso conseguido a ferro e fogo.
Sem datas ou minúcias históricas que o tornassem enfadonhamente didático. A ferro e fogo – tempo de solidão, é um romance fascinante, denso, ágil, verdadeira saga da colonização do estado do Rio Grande do Sul.
A crítica fala de A ferro e fogo
"O Rio Grande do Sul que J. G. nos mostra, embora como o outro, forjado a ferro e fogo, é uma terra quase estranha, fantástica, nos tempos de solidão da chegada das primeiras levas de colonos alemães".
Remy Gorga Filho, Jornal do Brasil
"Lido com agrado pelo público, e também pela crítica, A Ferro e Fogo I – Tempo de Solidão anuncia um autor que abordou o seu assunto depois de maturá-lo dentro de si mesmo. Tratou-o com seriedade. Seus personagens existem. Sua linguagem (...) é transitável e convincente. Que mais poderíamos pedir ao romancista? (...) Escritor gaúcho pelo sentimento íntimo, Josué Guimarães, seguindo a trilha iniciada por prosadores como Erico Verissimo, Dyonélio Machado e Cyro Martins, não se afoga na primeira sanga que apareça. Vence os empecilhos da ficção sem recorrer a expedientes primários, os fáceis expedientes de gastar cor local a torto e a direito, empastando tudo e tudo reduzindo a um conglomerado pretensioso e, à força de seu pretender original, inexpressivo. (...) Não deve ter sido nada fácil escrever tal livro. Sua composição foi cuidada, seus quadros bem dispostos, sua linguagem saiu despojada de artificialismos, qualidades que explicam o êxito que vem tendo. (...) Tudo contribui, por conseguinte, para dar a A Ferro e Fogo uma excelente qualificação literária."
Guilhermino César, Correio do Povo
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