Cartas não enviadas
“[...] sei bem do que você vai me chamar. Louca. Não será a primeira vez, mas agora talvez tenha um motivo, basta que leia esta carta até o fim. De louca você me acusará e tem a prova nas mãos.”
E se colocássemos no papel todas as nossas queixas, os nossos recalques, a nossa indignação que nunca ousamos verbalizar?
Neste livro surpreendente, que flerta com toda a tradição de literatura epistolar, Martha Medeiros compõe microcontos na forma de cartas de desabafo. Personagens vivendo em situações-limite cobram, xingam e esbravejam em missivas que tratam de traumas, de perdão, de maternidade, de sororidade (ou da ausência de), de desilusões amorosas. Um pai que lamenta a perda de um filho que ele nunca conheceu, uma mulher que escreve para seu amado, já falecido, uma mãe que cobra sua própria mãe, ausente. Estão aqui todas as cartas que não enviamos, mas que poderíamos ter escrito.
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