As fenícias, de Eurípides (480 a. C - 406 a. C), propõe um outro enfoque à saga do rei Édipo – que matou o próprio pai e desposou a própria mãe – e da sua linhagem amaldiçoada. Depois de Édipo Rei, Antígona e Édipo em Colono, de Sófocles, e de Os sete contra Tebas, de Ésquilo, é a vez de Jocasta ter voz, como mãe e como mulher (e, na verdade, toda a visão apresentada por Eurípides em As fenícias é feminina). Depois da revelação dos fatos trágicos acontecidos no reino de Tebas, Jocasta tenta chamar à razão Etéocles e Polinice, filhos dela e de Édipo, pois as opiniões dos irmãos divergem e eles ameaçam castigar o Estado e a família com uma guerra fratricida.
O mais profundamente psicológico dos dramaturgos gregos dá ênfase, aqui, não aos atos e heróis da tradição grega, mas, antes, debruça-se sobre a força irrefreável das paixões humanas. São deixadas de lado as razões de estado e posta à luz a irracionalidade dos homens. Escrita em 411 a.C., quando a Grécia encontrava-se enfraquecida e enfrentava questionamentos da própria herança cultural, As fenícias é considerado um dos melhores trabalhos do autor. Outras de suas peças são: Medéia, As bacantes e As troianas.
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