Em 1953, logo após a controversa morte acidental de sua mulher, William Burroughs (1914-1997) se lançou em uma viagem à América do Sul. Mais especificamente ao Peru e à Colômbia, na busca pelo yage, ou ayahuasca, droga usada pelos índios da nascente do rio Amazonas à qual se atribuem poderes sensoriais e anestésicos. Cartas do yage, um pouco diário de viagem, um pouco relato ficcionalizado, contém as cartas escritas ao amigo, amante e poeta Allen Ginsberg (1926-1997) sobre a experiência. Traz também as cartas que este enviou a Burroughs sete anos mais tarde, ao fazer uma jornada similar. De cunho autobiográfico, assim como Almoço nu e Junky, as principais obras ficcionais de Burroughs, Cartas do yage embala o leitor numa verdadeira viagem, na companhia de dois dos maiores autores beat.
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