Edição revista e ampliada
CAPAZ
[...] Tem muitas entonações, correspondendo a várias possibilidades semânticas, ainda mais acompanhado por algum acessório para ênfase, como “Bem capaz”, “Mas capaz!”. “Capaz que sim” quer dizer sim; “capaz”, sozinho, quer dizer não; “bem capaz” quer dizer não com uma sublinha de ênfase; “mas bem capaz”, nem fudendo; “capaz!?”, com exclamação e interrogação ao mesmo tempo, equivale a “Sério!?”.
RONCAR
Aquele barulho que faz o cara que tá tomando mate e chega ao fim da água. “Tem que roncar”, por exemplo, diz um experimentado para um novato ou visitante que se meteu a tomar o mate mas ficou pela metade.
VAMO IR
Essa flexão, esse agrupamento verbal é muito comum em Porto Alegre e adjacências. Poderia ser simplesmente “vamos”, mas a gente reforça repetindo o verbo, no infinitivo.
Passados mais de vinte anos de seu primeiro lançamento, Dicionário de porto-alegrês, esta obra etimológico-antropológica que desvenda hábitos e imaginário da capital mais meridional do Brasil, está de volta em nova edição inteiramente revista e ampliada. Luís Augusto Fischer, professor de literatura e português e observador da nossa gente, fez a proeza de compilar, durante décadas, os termos e as expressões que nos são mais característicos, e aqui os explica, com sua verve e graça de sempre. Um compêndio linguístico deleitável e afetuoso.
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Opinião do Leitor
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