A história como tragédia e farsa
“Hegel observa em algum lugar que todos os grandes fatos e pessoas da história mundial acontecem, por assim dizer, duas vezes. Ele esqueceu de acrescentar: uma vez como tragédia, a outra como farsa.” - (Trecho do capítulo I)
Em 9 de novembro de 1799, o processo revolucionário – em curso na França desde 1789 – foi interrompido por Napoleão Bonaparte com um golpe de Estado que ficou conhecido como 18 de brumário. Cerca de cinquenta anos depois, em dezembro de 1851, seu sobrinho, Luís Bonaparte, presidente eleito da França, repetiu o feito e deu um autogolpe, dissolvendo o Parlamento.
Neste texto primoroso, de título irônico, escrito entre o final de 1851 e março de 1852 (após a publicação de Manifesto do Partido Comunista, de 1848), o pensador Karl Marx (1818-1883) observa e analisa os movimentos da política enquanto estes se desenrolam. Tratando os acontecimentos, as disputas e suas consequências sob sua concepção materialista da história, criou um dos grandes clássicos das ciências huma¬nas, estudado e reverenciado no mundo todo. Uma obra que, quase dois séculos após os fatos narrados, permanece atual devido à argúcia com que analisa as forças políticas de uma sociedade em convulsão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Leia nossa política de privacidade
Opinião do Leitor
Seja o primeiro a opinar sobre este livro